A sífilis é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. É transmitida principalmente por contato sexual, mas também pode ser transmitida através do contato com sangue infectado ou da mãe para o feto durante a gravidez.

Os sintomas da sífilis variam dependendo da fase de evolução da doença:

• Fase primária: os sintomas incluem uma úlcera indolor no local da infecção, geralmente no órgão genital, ânus ou boca.
• Fase secundária: podem apresentar manchas na pele incluindo palma das mãos e planta dos pés, febre e lesões orais.
• Fase terciária: pode apresentar lesões nodulares pelo corpo e também sintomas relacionados a outros sistemas como, sistema nervoso e cardiovascular.

O tratamento para a sífilis envolve a administração de antibióticos, como penicilina. É necessário acompanhamento médico para avaliar resposta ao tratamento e, muito importante que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível para evitar complicações graves.

A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira. Ela pode ser contraída através da exposição a água ou solo contaminado com urina de animais infectados, como roedores, bovinos, suínos, cães, entre outros.

Os sintomas da leptospirose incluem febre, dor de cabeça, dor muscular, náusea, vômito, diarreia e, às vezes, icterícia (amarelamento da pele e dos olhos). Em casos graves, pode causar insuficiência renal, insuficiência hepática e até mesmo morte.

A prevenção inclui evitar contato com água ou solo potencialmente contaminado, usar luvas e botas apropriadas quando trabalhar com animais ou em áreas com alto risco de exposição.

O tratamento é com antibioticoterapia, mas a prevenção é fundamental.

As arboviroses são doenças infecciosas causadas por vírus transmitidos por arthropodos, como mosquitos e carrapatos. Alguns exemplos de arboviroses incluem:

• Dengue: transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, erupção cutânea e manchas vermelhas na pele.
• Chikungunya: transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, erupção cutânea e manchas vermelhas na pele.
• Zika: transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, erupção cutânea e manchas vermelhas na pele.
• Febre amarela: transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia, dores musculares e articulares, icterícia e insuficiência renal.
• Doença de Lyme: causada pela bactéria do gênero Borrelia e transmitida por carrapatos. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, inchaço e vermelhidão no local da picada e erupção cutânea.
  

Existem outras doenças classificadas como arboviroses, mas é importante notar que elas apresentam sintomas semelhantes e pode ser necessário realizar testes específicos para determinar a causa exata. Além disso, algumas dessas doenças são tratadas com antibiótico, por isso a importância do acompanhamento médico para um melhor diagnóstico e tratamento. 

As infecções fúngicas são causadas por fungos que podem causar doenças em seres humanos e animais. Alguns exemplos incluem:

• Candidíase: causada por diferentes espécies de fungos do gênero Candida. Pode afetar a pele, as unhas, a boca, a garganta, órgãos genitais e o trato gastrointestinal. Pode apresentar sintomas como coceira, vermelhidão, inchaço, dor e secreção.
• Aspergilose: causada por fungos do gênero Aspergillus. Pode afetar os diversos órgãos, principalmente os pulmões. Os sintomas incluem tosse, dificuldade para respirar, dor no peito, entre outros.
• Criptococose: causada por fungos do gênero Cryptococcus. Pode afetar os pulmões, o cérebro e outros órgãos. Os sintomas incluem tosse, dificuldade para respirar, dor de cabeça, confusão, alucinações e convulsões.
  
• Dermatomicose: causada por fungos que afetam a pele, os cabelos e as unhas. Os sintomas incluem coceira, vermelhidão, descamação, descoloração e queda de cabelos e unhas.

As infecções fúngicas podem ser tratadas com medicamentos antifúngicos, mas a prevenção é importante para evitar a infecção. Isso inclui manter a boa higiene, usar roupas limpas e secas e evitar ambientes úmidos e quentes.

Algumas infecções fúngicas são mais comuns em pessoas com sistema imunológico comprometido, como portadores de HIV/AIDS ou pacientes transplantados, do que em pessoas imunocompetentes.

A febre de origem desconhecida ou indeterminada é um sinal clínico comum que pode ser causado por uma variedade de doenças. Ela é definida como uma temperatura corporal acima de 38,3°C ou mais por pelo menos 3 semanas que não pode ser explicada após uma avaliação inicial adequada. Algumas das causas mais comuns de febre de origem indeterminada incluem:

• Infecções bacterianas, fúngicas, virais e parasitárias podem causar febre. Isso inclui infecções comuns como pneumonia, otite, sinusite, e meningite, além de infecções menos comuns como hantavirose, leptospirose e dengue.
• Doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatóide e sarcoidose.
• Doenças malignas: tumores sólidos ou hematológicos, como linfoma, leucemia e metástases.
• Doenças inflamatórias como a artrite reumatóide, a colite ulcerativa e a doença de Crohn.
• Doenças do tecido conectivo como a síndrome de Sjogren, polimiosite e esclerose sistêmica.

A avaliação da febre de origem desconhecida ou indeterminada inclui uma história clínica completa, exame físico, exames laboratoriais e, às vezes, exames de imagem.

O tratamento depende da causa subjacente da febre.

Pneumonia é uma infecção do pulmão que pode ser causada por diversos agentes e adquirida na comunidade (pneumonia comunitária) ou em ambiente hospitalar (pneumonia nosocomial).

Os agentes etiológicos mais comuns das pneumonias são:

• Bactérias como Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, e Staphylococcus aureus. Pode ser grave e requerer hospitalização.
• Vírus como o vírus sincicial respiratório, o vírus influenza e o vírus da parainfluenza. Geralmente é menos grave que a pneumonia bacteriana e pode ser tratada em casa.
• Fungos como Aspergillus, Candida e Pneumocystis jirovecii. Pode ocorrer em indivíduos com sistema imunológico comprometido.

Os sintomas incluem febre, tosse, falta de ar, dor no peito e fadiga. Pode ser diagnosticada com exame físico, exames de sangue, exames de imagem ou cultura de escarro.

O tratamento varia de acordo com a causa da pneumonia e pode incluir antibióticos, antivirais, antifúngicos e oxigênio suplementar.

A prevenção inclui a vacinação contra as principais causas de pneumonia, como o vírus da influenza e o Streptococcus pneumoniae.

A mononucleose infecciosa é uma doença infecciosa causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV).

Os sintomas incluem febre, cansaço, dor de garganta, dor abdominal, linfonodos aumentados e manchas vermelhas na pele que podem ser confundidos com outras doenças.

O diagnóstico se dá principalmente por exame físico e anamnese, mas podem ser realizados exames laboratoriais para auxílio diagnóstico.

Geralmente é auto-limitada e não requer tratamento específico, mas uso de sintomáticos, repouso e a hidratação são importantes e em alguns casos, pode ser necessário tratar complicações específicas.

A prevenção da mononucleose infecciosa inclui evitar o contato próximo com pessoas infectadas e lavar as mãos frequentemente.

Celulite e erisipela são duas condições infecciosas da pele comumente causadas por uma bactéria chamada Streptococcus.

A diferença entre as duas doenças se dá pela extensão do acometimento da pele, sendo a erisipela uma infecção mais profunda que a celulite.

A prevenção e o tratamento dessas condições incluem medidas para evitar ferimentos na pele e tratamento com antibióticos.

O tratamento precoce é importante para evitar complicações graves, como a disseminação da infecção para outras partes do corpo. E em casos graves, a hospitalização pode ser necessária para administração de antibióticos intravenosos.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A forma mais comum é a tuberculose pulmonar, que pode causar sintomas como tosse persistente, falta de ar, suor noturno, perda de peso e febre. A doença é transmitida através de gotículas respiratórias emitidas por uma pessoa infectada ao falar, tossir ou espirrar. O tratamento é geralmente com uma combinação de medicamentos antibacterianos por um período prolongado de tempo. 

A prevenção da tuberculose inclui várias medidas, tais como:

• Vacinação: A vacina BCG (vacina contra formas graves de tuberculose) é oferecida a crianças e adultos em alguns países com alta incidência de tuberculose.
• Teste de detecção precoce: indicado para pessoas com maior risco de desenvolver tuberculose, como aquelas com sistemas imunológicos debilitados ou que têm contato próximo com pessoas infectadas.
• Tratamento imediato: As pessoas infectadas devem ser tratadas o mais cedo possível para evitar a disseminação da bactéria e desenvolvimento da doença.
• Isolamento: Pessoas com tuberculose ativa devem ser isoladas até que sejam consideradas no estado não contagioso.
• Educação e conscientização: A educação e conscientização são importantes para entender os sintomas e formas de transmissão da tuberculose e a importância de fazer o diagnóstico precoce e tratamento.
• Atenção à saúde: As pessoas com tuberculose devem ter acesso a cuidados de saúde de qualidade e acompanhamento médico regular para assegurar a adesão ao tratamento e prevenir recaídas.

Os pacientes imunossuprimidos são aqueles cujo sistema imunológico está comprometido e, portanto, podem ser acometidos por mais infecções e doenças que pacientes imunocompetentes. Isso pode ser devido a uma variedade de causas, incluindo:

• Tratamentos médicos, como quimioterapia ou radioterapia para o câncer, ou terapia imunossupressora para transplantes de órgãos;
• Doenças autoimunes, como lúpus ou esclerose múltipla;
• Doenças genéticas raras, como síndrome de imunodeficiência combinada grave (SCID);
• Infecções crônicas, como HIV / AIDS;
• Uso de medicamentos imunossupressores para tratar outras condições médicas, como artrite reumatoide ou psoríase;

Os pacientes imunossuprimidos têm maior risco de desenvolver infecções graves e podem precisar de cuidados especiais para evitar exposição a germes e doenças. Eles também podem precisar de vacinas específicas e devem ser monitorados de perto pelo seu médico.

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são infecções que se espalham principalmente através da relação sexual, incluindo contato vaginal, anal e oral. Algumas das IST mais comuns incluem:

• Gonorreia: é uma infecção bacteriana que pode afetar as principalmente os órgãos genitais, mas também garganta, região anal, articulações entre outros. Pode causar sintomas como corrimento vaginal ou peniano, dor ou queimação ao urinar e dor abdominal. É uma importante causa de infertilidade feminina quando não tratada adequadamente.
• Clamídia: é uma infecção bacteriana que também pode afetar as vias genitais, reto, entre outros. Os sintomas são geralmente leves ou não apresentam sintomas.
• Herpes genital: é uma infecção viral que causa bolhas dolorosas nos genitais ou na região anal. Pode ser recorrente e necessitar de acompanhamento.
• Sífilis: é uma infecção bacteriana que pode causar uma variedade de sintomas, incluindo feridas genitais, manchas na pele, problemas neurológicos e problemas cardíacos se não for tratada.
• HIV: é uma infecção viral que afeta o sistema imunológico e pode levar à AIDS. Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe e os sintomas avançados podem incluir cansaço constante, perda de peso e infecções oportunistas.

É importante que as pessoas que tenham relações sexuais se protejam contra as IST, através de medidas como o uso de preservativos e o testes de IST regularmente.

O tratamento das IST varia dependendo da infecção, mas geralmente inclui o uso de antibióticos ou antivirais.

Infectologia é a especialidade médica que se dedica ao estudo e tratamento de infecções. É uma área multidisciplinar que engloba aspectos clínicos, epidemiológicos, laboratoriais, imunológicos, microbiológicos e terapêuticos das infecções.

Os infectologistas são responsáveis por diagnosticar e tratar pacientes com infecções agudas e crônicas, incluindo infecções bacterianas, virais, fúngicas e parasitárias. Eles também desempenham papel importante na prevenção e controle de epidemias e pandemias de doenças infecciosas.